Foto do site: http://maquinadecinema.blogspot.com.br/2013/05/lanternas-carvao-de-antigos-projetores.html
Apaga-se a luz.
As roldanas giram.
Semelhante ao relógio ou ao som de um trem.
A imagem atravessa as lentes
E se agigantam na tela branca
A imensidão aparece como num sonho,
Cheiro de pipocas e balas,
Meu coração quase pára de supetão
E a máquina vai engolindo a fita
E junto vai minha alma, e no escuro
Ávido, busco tua mão. Fria e úmida.
Beijo-te com sofreguidão de mocinho,
Que na fita, bem no fim,
Morrerá por amor.
E assim, vamos embora calados,
Com essa realidade infeliz,
De coisas perdidas.