Pessoalmente adoro tua fragilidade,
O
bater ritmado do coração, o insuflar do oxigênio para os pulmões,
Tão
relevante. No início o sopro. Levante e Ande!
Adoro
o sangue correr nas veias, artérias e arteríolas, irrigando e levando
Calor
as carnes e músculos, deixando-as
mornas, apetitosas para um afago, uma
ternura.
Adoro
os neurônios nas sinapses, gerando energia, para movimentar o mundo.
Adoro
a bunda... A bunda... Abunda.
Abundam
odores, humores e tremores nas carnes internas e ruivas.
Adoro
o fundo dos teus olhos, a cor de tua íris...
Teus
seios alimentam o prazer. Seio da terra que alimenta.
A
vagina órgão de lábios que sorriem,
Vulva
úmida e ardente, boca sem dente...
Útero
que nos guarda, que nos protege da origem ao fim.
Adoro
teu corpo. Frágil. Decadente. Amo o Efêmero.
A
alma não.
A
alma é eterna.
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