sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A cria







                Pessoalmente adoro tua fragilidade,
O bater ritmado do coração, o insuflar do oxigênio para os pulmões,
Tão relevante. No início o sopro. Levante e  Ande!
Adoro o sangue correr nas veias, artérias e arteríolas, irrigando e levando
Calor as carnes e músculos,  deixando-as mornas, apetitosas para  um afago, uma ternura.
Adoro os neurônios nas sinapses, gerando energia, para movimentar o mundo.
Adoro a bunda... A bunda... Abunda.
Abundam odores, humores e tremores nas carnes internas e ruivas.
Adoro o fundo dos teus olhos, a cor de tua íris...
Teus seios alimentam o prazer. Seio da terra que alimenta.
A vagina órgão de lábios que sorriem,
Vulva úmida e ardente, boca sem dente...
Útero que nos guarda, que nos protege da origem ao fim.
Adoro teu corpo.  Frágil. Decadente. Amo o Efêmero.  
A alma não.
A alma é eterna.