sábado, 4 de maio de 2013

Criação








O artesão na solidão da criação escolhe a matéria, o barro.

Mil idéias na cabeça.

Molha a terra, põe para descansar a luz da lua,

No crepúsculo amassa, diluiu, acrescenta e vai dando forma.

Cilindros, esferas, triângulos, vai desenhando,

No final a obra. Arte semi-acabada, o que falta.

O artista necessita dá alma a sua arte.

Faz o perfil físico- psicológico.

Sopra-lhe no rosto. Eis o homem.

Que abre os olhos e anda.

De quatro.

Observa a obra completa.

O artista nunca está satisfeito.

No mesmo minuto que para os deuses são séculos,

Corta e acrescenta na obra.

Olha de longe, olha de perto. Observa.

Agora o homem anda ereto.

Não satisfeito por certo,

Cria de várias cores e aspectos,

E no seu interior, bem nas células,

O grande segredo das espécies.

Orgulha-se do que faz.

Obra e criador se misturam.

Conhece-se o autor pela obra?

Ou a obra sobrepuja-se ao autor?

A sua semelhança.

Quando o homem se vai,

Resta ao autor olhar as mãos

sujas de barro.

Música em Do menor










Música em Do menor





Tenha Do de mim poesia.

Fa -La para ela ,

SI- MI ama,

Ama-me no

Sol –Fa.

Soneto





Soneto





O soneto é parente do verso,

Próximo da poesia,

De mim desafeto;

Não é irmão,

Não é mulher,

Não é mãe:

É só neto.



Rio


Foto do site escritosdealicen.blogspot.com



Ah! Ah! Ah! Rio sim.

Rio, rio e rio.

Rio de tudo e todos,

Ai de mim,

Até Rio de janeiro;

Rio do rio incólume em seu leito,

Rio da vida, uma piada.

Rio dos sérios e dos inocentes,

Rio de águas estagnadas,

Enfim rio: Corrente de água doce,

Pura ou poluídas.

Rio de riso solto,

Rio de tudo e todos,

Rio de mim.

Dó ou pena




Dó ou pena





Seremos pó,

Até tu ema,

Que dó

Cheio de pena,

Que dilema!

Unidos, pois,

Poema.