terça-feira, 19 de novembro de 2019

Uma bandeira de respeito







                  Uma bandeira de respeito



          Estava dirigindo-me ao clube Mangueiras, na manhã de domingo, aonde vou praticamente todos os finais de semana, quando me deparei no cruzamento da beira rio com a  Santos Dumont, creio eu, embaixo do sinal, um rapaz portando uma faixa com os dizeres:

         Se apóia o impedimento do ministro do STF buzine.
Lembrei que seria em todo o Brasil tal manifestação.
Eu fiquei entusiasmado em saber que um jovem estava largando de lado a diversão para lutar por algo.
Alguns gatos pingados buzinaram, outros como eu passamos em silêncio.
          Imediatamente fiz uma reflexão para entender melhor o ato em si, questionando-me primeiramente qual a função do juiz do supremo.

          Segundo o Google, um dos maiores sites de conteúdo, o Supremo Tribunal federal é o órgão máximo do poder judiciário e seus ministros têm a principal função de proteger a constituição que é a norma mais importante do país.

          Soube também que a demanda do jovem era porque o ministro votou contra a prisão após segunda instância e que segundo o jovem, levaria a liberdade com esse ato, milhares de  investigados, réus de todos os tipos e raças, chegando ao motivo principal do ódio que era a soltura do ex- presidente Lula.

         No entanto sabe-se que não é assim. Existem várias maneiras de manter o acusado preso se for necessário e legal, que determine a lei.

          Não quero ponderar sobre a segunda instância aqui, pois já comentei em artigos anteriores. Quem tiver a curiosidade leia no meu blog.

          Busquei informação e de acordo com vários juristas o ministro foi correto em seu voto. Seguiu criteriosamente o que diz a constituição no artigo referente à matéria sendo assim o pedido esdrúxulo.

          Só restava então tentar entender o rapaz que segurava a faixa e os outros manifestantes que buzinaram na ocasião, visto que, o ministro só fez o que espera-se dele,-  a defesa da carta magna promulgada em 1988 pelos deputados e senadores votados para serem constituintes aquele ano e só uma nova eleição daria poderes para esboçar uma nova, partilhada em debates  com toda a sociedade.

          A não ser que essa turma queira que o ministro burle a lei.
Hipoteticamente falando, o tal rapaz deve pertencer a uma sociedade paralela que está surgindo e que tentam manipular a todo custo os poderes constituídos ao seu bel prazer, como fizeram na adolescência com os pais,  garotos mimados que são.

          Essa sociedade nos seus sonhos tresloucados, não é de hoje, tentam impor no grito idéias extravagantes e antidemocráticas  do tipo: Volta a ditadura, fechamento do congresso, pena de morte etc e etc.

          Vestem-se de verde amarelo como se a bandeira e essas cores fossem exclusividade deles, como marcas famosas de roupas estrangeiras.

          Não se importam com a vida alheia, sem empatias com nada a não ser seus ídolos, que são pastores de várias denominações que visam exclusivamente o lucro, donos de televisões que não passam de contraventores de jogos de azar e empresários que são contumazes devedores da receita federal.

          Afirmo que se a faixa fosse: Buzine para diminuição da pobreza, da melhora da saúde e excelência na educação,  eu buzinaria entusiasmado e creio com certeza que seria  ensurdecedor o barulho.

          Pois a luta boa e grande que merece uma bandeira nesse país é: a diminuição das diferenças sociais, da fome e da miséria.