domingo, 9 de junho de 2013

Santuário






O menino sonhou, viajou...

Foi buscar seu caminho.

Veio o sucesso, o fracasso...

No encalço da própria vida.

As estradas repletas de peregrinos

Como ele, pobres sonhadores,

Estradas outras desertas,

Castigadas pelas intempéries,

Coadjuvante do próprio sonho,

Na seleção natural,

Apenas encaixe de

Um projeto,

Onde o tempo é forja,

Açoitando seu limite.

Amores ficaram para trás,

Como Ulisses. Verdadeira,

Odisséia. Navegou entre mares,

Entre montanhas infinitas,

Aventuras repletas de sacrifícios.

Na volta, porque o homem sempre volta

As origens, ao torrão natal,

Aos prótons aos eletros e nêutrons,

As moléculas menores, invisíveis,

E na sua indivisibilidade,

Quando volta os olhos para trás,

Estupefato vê:

Que só restam ruínas,

Que o tempo avassalador,

Cavalgando o vento com louvor,

Rangendo, portas e janelas,

Derrubando as taramelas,

De um enorme templo vazio.





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